03 fevereiro, 2011

PARCERIA PARA DESPEDIMENTO

"Parceria para despedimento no Centro Social do Lidador
A 23 de Fevereiro de 2010 a Câmara aprovou, com a abstenção dos vereadores da CDU, um
financiamento de 37 682.99€ à Fundação Lar Nobre Freire para ‘dinamização e apoio sócio
cultural para a população idosa, utentes do Centro Social do Lidador e da Fundação Nobre
Freire’.
Os eleitos da CDU denunciaram que esta acção constituía por um lado uma forma de virem a
ser denunciados a prazo os vínculos laborais existentes com técnicos que exerciam a sua
actividade no Centro Social do Lidador e, por outro, o financiamento encapotado à Fundação
Lar Nobre Freire.
A denúncia do vínculo laboral viria a ocorrer no final de Agosto de 2010 e, não temos dúvida
ter acontecido na sequência da nossa insistência em conhecermos as contas e encargos
resultantes deste ‘Acordo’, a instituição viria a devolver ao município uma verba de 5 829,74€
para ‘acerto de conta corrente relativo às verbas recebidas’ .
Estes factos confirmam a correcção da nossa posição na reunião de Câmara de 23 de
Fevereiro.
Em várias reuniões do Município solicitámos que nos fossem facultados todos os dados e
encargos resultantes deste ‘Acordo’. Após a última reunião, realizada a 5 de Janeiro, depois do
Presidente da Câmara, responsável pelo Pelouro, nos ter garantido, por diversas vezes, que
nos seriam fornecidos todos os elementos, foram-nos facultados apenas os montantes
transferidos entre uma e outra instituição, ficando a faltar o essencial da informação que
solicitámos.
Continuaremos a exigir a clarificação desta situação, em nome de uma gestão transparente e
rigorosa. "
Os Vereadores da CDU
Miguel Ramalho/Maria de Jesus Ramires/Vítor Picado

31 agosto, 2010

OPÇÕES BEJA CAPITAL




Falta dizer apenas que se trata de comportamentos de um anticomunismo primário, reveladores de frustração e cobardia.

03 julho, 2010

OPÇÕES BEJA CAPITAL


32. 000€ / ANO - É quanto custa uma Equipa de Intervenção Permanente. Todos sabem da importância de manter activa uma equipa destas, correcto?

90. 689,50€ / Uma noite - Foi quanto custou a Beja Wine Night. E aqui todos sabem também da importância que tem a vinda da Lili Caneças a Beja?

É assim que os môços pequenos governam esta cidade!
Eu bem disse no inicio, puseram-lhes a Playstation nas mãos e agora aturem-nos!

27 junho, 2010

UMA LOUCA CORRIDA PARA O ABISMO

“Ainda a «procissão vai no adro» e já para os capitalistas os sinos tocam a rebate.
Em Portugal, confrontado com uma situação económica e financeira catastrófica, o governo – os «elefantes brancos» do Poder – prefere refugiar-se no puro suicídio. Vende ao desbarato o património do Estado, contrai novos empréstimos no estrangeiro para pagar os juros da dívida pública, oculta o constante aumento das contribuições, nada faz (bem pelo contrário!..) para garantir novos empregos, diminui o valor real das pensões de reforma, transfere para o privado e a preços de saldo as escolas, as creches e os hospitais dos sectores nacionais que a Constituição consagra, nacionaliza e desnacionaliza ao sabor de quem dá mais e investe tudo quanto o país tem e não tem para pagar aos ricos os prejuízos causados na banca pelo saque do dinheiro que é dos outros e pelos actos de ladroagem que continuam a ser cometidos”.

19 junho, 2010

É DESTA LUCIDEZ QUE VAMOS SENTIR MAIS FALTA


" O presidente da câmara municipal arrumou sumariamente os documentos espalhados sobre a mesa de trabalho, na sua maioria eram já como se tivessem que ver com outro país e outro século, não com esta capital em estado de sítio, abandonada pelo seu próprio governo, cercada pelo seu próprio exército. Se os rasgasse, se os queimasse, se os atirasse para o cesto dos papeis, ninguém lhe viria pedir contas pelo que tinha feito, as pessoas agora têm coisas muito mais importantes em que pensar, a cidade, reparando bem, já não faz parte do mundo conhecido, tornou-se numa panela cheia de comida podre e de vermes, numa ilha empurrada para um mar que não é o seu, um lugar onde rebentou um perigoso foco de infecção e que, à cautela, foi posto em regime de quarentena, à espera de que a peste perca a virulência ou, por não ter mais a quem matar, acabe por se devorar a si mesma."
Excerto do livro " Ensaio sobre a Lucidez" - JOSÉ SARAMAGO

09 junho, 2010

PARABENS

Serpa é o 2º Melhor Município para Viver






Por tudo isto e pelo que aqui não cabe, obrigado ao executivo camarário CDU em SERPA.

27 maio, 2010

PORQUE FAZ TODO O SENTIDO, VAMOS LÁ ESTAR TODOS.

12 maio, 2010

MAIS CERTEZAS QUE DUVIDAS


Dúvidas sobre a Igreja Católica:
1. talvez (!?) represente um deus que ninguém pode provar que existe ou não.
2. talvez (!?) possas ir para o céu se fizeres o que a igreja diz que é a vontade desse deus que ninguém pode saber se existe.


Certezas sobre a Igreja Católica:

1. É criada pelo império romano como instrumento de dominância ideológica, por via da integração religiosa.

2. Tem sede num Estado inútil, revestido a ouro e a pedras preciosas, quando faz a apologia da pobreza.

3. É autora moral e material dos crimes mais hediondos cometidos contra a humanidade e o conhecimento.

4. Faz a apologia da ignorância, do dogma anti-científico e do individualismo.

5. Faz a apologia do ódio, aliás, como praticamente todas as instituições religiosas, separando a população entre os puros e castos, por um lado; e o os pecadores e ímpios, por outro.

6. discrimina o sexo feminino e faz a apologia do machismo.

7. apadrinhou e abençoou os mais bárbaros regimes fascistas da história, entre os quais os de hitler, mussolini, salazar e pinochet.

8. entre os seus funcionários contam-se milhares de pedófilos, cuja protecção é assegurada pela hierarquia.

9. vivem à custa da inocência, ingenuidade e fragilidade das populações, impostas pelo culto do medo e pela degradação da condição de vida das pessoas.

10. são agentes políticos conservadores e reaccionários que se posicionam sempre do lado da classe dominante, desde que ela domine política, social e economicamente, ou seja, contra o progresso social.

E chama-se a isto Lucidez e Clareza

10 maio, 2010

BOLETIM MUNICIPAL

Saíu o nº1 do BOLETIM DO MUNICIPIO DE BEJA com um executivo PS.
Numa dimensão muito razoável aparece na capa, sob uma foto onde o vinho é rei, os títulos do que consideram de crucial importância
- BEJA CIDADE DO VINHO
- BEJA NA LINHA DA FRENTE DA MOBILIDADE ELÉTRICA
- ORÇAMENTO CONDICIONADO PELA GRAVE SITUAÇÃO FINANCEIRA DO MUNICÍPIO
Folheamos a revista e na primeira página temos a VISÃO ESTRATÉGICA E O RUMO de JPV para BEJA CAPITAL e é aqui qua a porca torce o rabo, de entre o muito.... blá,blá.blá,blá...........
sai o "NADA" que os eleitos CDU fizeram ao longo dos sucessivos mandatos:

- MUNICÍPIO DE BEJA COMEMORA DIA DA FLORESTA
- AUTARQUIA ATRIBUI 50 MIL EUROS PARA BOLSAS DE ESTUDO
- O CANTE DAS MULHERES OUVE-SE NO LIDADOR
- UNIVERSIDADE SÉNIOR
- FEIRA SOCIAL MARCOU ACTIVIDADE NA PRAÇA EM MARÇO
- MUNICIPIO REPARA RUAS E ESTRADAS
- OBRAS NOS BAIRROS SOCIAIS
- VIVACI EM PLATAFORMA DE ENTENDIMENTO
- PORTAL DO MUNICÍPIO DE BEJA GANHA NOVAS FUNCIONALIDADES
- REQUALIFICAÇÃO DA AVENIDA 25 DE ABRIL NA SALVADA
- CONSTRUÇÃO DO CENTRO SOCIAL DE SANTA VITÓRIA TERMINA EM MAIO
- BERINGEL RECEBE NOVA REDE DE ÁGUAS E PLUVIAIS
- CENTRO ESCOLAR DE SANTA MARIA JÁ ABRIU PORTAS
- INOVOBEJA
- BAIRRO DA MOURARIA
- BIBLIOTECA ANDARILHA
Estes foram os projectos que deixaram a autarquia de Beja em maus lençois para o novo executivo, mas só em parte ( inexistência de dinheiro), porque para mostrar trabalho e projectos em grande , não se coibiram minimamente, mais uma vez aqui fica a reposição da verdade, ESTES FORAM PROJECTOS CDU, que trarão ainda muito dinheiro para este executivo investir.
Em quê ?
A ver vamos!

09 maio, 2010

SITUAÇÕES FINANCEIRAS

Em Beja JPV faz questão e até acha piada a justificar frenéticamente tudo o que não se faz, com a situação financeira da autarquia herdada da CDU, em todas as entrevistas, em todos os artigos de opinião, faz questão de espetar sempre a pua fazendo referência ao "suposto descalabro" em que os comunistas deixaram a autarquia bejense.
Vamos ver como está a autarquia de Beja quando terminar este mandato, a ver pelos exemplos de gestão no País e em outras autarquias onde o PS lidera.

"e porque o Município de Évora está agora sem qualquer capacidade adicional de endividamento por ter sido atingido em Março de 2010 o limite máximo de endividamento líquido previsto na Lei das Finanças Locais. Os proveitos municipais não foram suficientes para fazer face aos custos de funcionamento de 2009 e por isso, sem capacidade adicional para obter financiamento, será muito difícil levar a cabo qualquer investimento no concelho, por parte do Município de Évora, apesar das inúmeras promessas eleitorais do PS, diminuindo a capacidade de atrair investimento que poderia combater o elevado desemprego que não pára de crescer."
Retirado daqui.

06 maio, 2010

A INDIGNAÇÃO DOS BEJENSES

Foto daqui

Por razões profissionais estive hoje em Beja e passei pelo circo montado pelo BCP.

E toda a gente com quem falei estava chocada.

Dantes bastava o dinheiro.

Hoje é preciso a ostentação.

Todo aquele aparato, todos aqueles carros de alta cilindrada, dos mercedes aos audis, dos últimos modelos e de matrículas recentes, com a confusão entre público e privado e a policia a marcar os lugares para os administradores do Banco foi desprezível demais para que qualquer cidadão, por mais sem voz que fosse, pudesse olhar para aquele espectáculo sem um nó no estômago.
O poder e o dinheiro são o que são: nunca chegam, e é preciso sempre mais, mas o seu ponto máximo prende-se com a ostentação - e foi isso que aconteceu em Beja esta quarta-feira com o BCP e foi o que aconteceu em Évora há algumas semanas com a EDP: não lhes basta terem dinheiro, terem poder, têm que o ostentar ocupando as principais praças e espaços das cidades para onde se deslocam.


Para dizerem: "o deus-dinheiro e o deus-poder somos nós, até vos ocupamos o espaço público porque ele já é nosso". Com a reverência dos poderes públicos e de parte da merda da opinião publicada que se pretende assumir como opinião pública.


Só faltou (quanto tempo falta para terem gestos semelhantes? Julgo que pouco) distribuírem os restos da jantarada pelos pobres da cidade como antes faziam os senhores feudais e os imperadores de outras latitudes.

Em tempo de crise este fausto oprime e choca.

Violenta e humilha.

E os alentejanos nunca foram gente para se deixar humilhar - e sei o que digo, porque falei com muitos empregados do BCP que estavam envergonhados.

A cidade de Beja envergonhou-se.

É uma lástima: estes poderes públicos serem a merda que são e venderem-se por meia dúzia de trocados.
Estes e os outros. Só faltou quem vomitasse em cima daquela gente. Era vómito contra vómito. Se eu tivesse uma conta naquele banco amanhã iria logo à hora de abertura dos bancos fechar a conta; se tivesse votado no Pulido Valente ir-lhe-ia entregar o boletim de voto.
Que nojo tudo aquilo foi!

Elias Matias
5 Maio, 2010 23:34

Este texto foi roubado ao A cinco Tons

30 abril, 2010

OVICONVICÇÕES

Pulido Valente defende criação de voos “charter” para a Ovibeja



Imagens em vias de extinção - OVIBEJA
As imagens do futuro - OVICHARTERS
Em 2011 vai ser assim, muito provavelmente antes mesmo. Há fortes probabilidades de termos em Outubro uma VINICHARTER.

29 abril, 2010

O VELÓRIO DA IDIOTICE

A Câmara de Beja quer ter na cidade mais dois ou três eventos com a dimensão da Ovibeja.

A revelação foi feita em entrevista à Rádio Pax por Jorge Pulido Valente.
O presidente da autarquia de Beja quer afirmar a Vinipax/Olivipax, a RuralBeja e o Festival do Amor, com uma periodicidade bianual.

Onde estão as brilhantes e NOVAS ideias?
Estes eram projectos do tempo em que os comunas não faziam nada por esta cidade, o PS ganhou a câmara de Beja para lançar NOVOS projectos, NOVAS ideias, lançar Beja Capital, até agora não se sabe muito bem do quê, porque estes eram os PROJECTOS dos COMUNISTAS, por sinal todos eles aprovados anteriormente à entrada do PS na Câmara de Beja.

OURIQUE E OS CHINESES


Curioso, muito curioso mesmo, então mas a estratégia e a vinda dos chineses para Beja não era péssima?

Então porque a aproveitou um presidente Socialista para o seu concelho?

Ou estas coisas só são más, porque, e enquanto praticadas por comunistas, certo?

27 abril, 2010

PEQUENA HISTÓRIA DE UMA PROVOCAÇÃO

Esta história tem antecedentes.

Depois de ganhar a Câmara o PS anuncia triunfalmente que o 25 de Abril tinha finalmente chegado a Beja.

Esperavam-se por isso festejos à altura de tamanha declaração. Mas quem esteve em Beja neste fim-de-semana viu o que se passou...

O espectáculo com o António Zambujo acaba por ser integrado na data mas referências à efeméride, tímidas, só mesmo a do cantor... não era a ele que lhe competia.

A habitual intervenção da Banda e outras actividades tradicionais no sábado, alguém as viu?
O fogo de artificio ou, só que fossem alguns foguetes para lembrar Abril, que muita gente esperava no Parque da Cidade, alguém viu ou ouviu?

As comemorações não tinham naturalmente que ser idênticas às de sempre, com a mesma grandiosidade mas, porra...

Alguém viu na propaganda da Câmara a anunciar a iniciativa um cravo?...
Não reparei... os cravos foram ostensivamente censurados na propaganda da Câmara.
Como se recordam houve até uma Vereadora que mandou retirar os cartazes do 25 de Abril de Gabinetes de trabalho de alguns funcionários (e lembro isto por causa da distribuição de cravos que vou falar depois).

No domingo algumas das habituais actividades desportivas e culturais no Parque da Cidade, também sem referências a Abril... um número bastante significativo de insufláveis que as crianças tinham de pagar se a eles quisessem aceder... (porra, ao menos o acesso livre... (o Vereador Velez, esteve lá, podia pagar com o cartão de crédito!)...
podia ser qualquer outra Festa...

... a não ser o aparecimento de membros do PS e da JS a distribuir cravos, com uma mensagem partidária.

Militantes do PS que se deslocavam em viaturas devidamente identificadas partidariamente, nuns casos e noutros nos carros oficiais de serviço, Câmara e Hospital. Estariam em serviço institucional, das instituições citadas ou em actividade partidária?

Sim porque os cravos tinham mensagem partidária e não de outra qualquer entidade. (Não tive conhecimento por terceiros, eu estava lá quando isto aconteceu...)

Essa distribuição estendeu-se ostensivamente a outros locais onde era assinalada a comemoração do 25 de Abril...

Como os cucos, para quem não sabe, põem os ovos nos ninhos alheios... partidarizam ostensiva e de forma subtil mas provocatória iniciativas que sempre assumiram um cariz apartidário.

Não se limitam a distribuir no espaço público.
Procuram entrar e nalguns casos fazem-no, nos espaços fechados e distribuem a propaganda partidária (ainda que 'embrulhada' em cravos é disso que se trata).

No caso do Penedo Gordo tentam procuram aceder ao interior do edifício onde decorriam as comemorações e o Presidente da Junta e um membro da Casa do Povo, duas das entidades envolvidas na organização, de forma perfeitamente cordata chamam a atenção que distribuição de material partidário só fora do edifício. A observação foi aceite pacificamente e a distribuição foi feita, naturalmente, pelas ruas.

Porra, só faltava entrarem, pedirem para parar a música e fazer discurso...!
... e nós deixarmos!

Percebe-se a atitude na Assembleia Municipal, e hoje na Rádio Pax, porque a provocação estava montada com este objectivo.
Lamentável e condenável que quem fez o mal venha agora vitimizar-se...

Acho que a atitude do Lemos no Penedo foi correcta... Porque hoje e talvez nos próximos dias este episódio vai ser explorado até à exaustão, se algumas destas notas contribuírem para algum esclarecimento estejam à vontade para as utilizar TODAS!
... e vamos ver quem paga as centenas de cravos distribuídas em nome do PS!
Recebido por mail e foi com imenso prazer que fiz a divulgação porque certamente esclarecerá algumas dúvidas.

24 abril, 2010

SOMOS LIVRES, SOMOS LIVRES


.....
Esses que tinham lutado
a defender um irmão
esses que tinham passado
o horror da solidão
esses que tinham jurado
sobre uma côdea de pão
ver o povo libertado
do terror da opressão.
.................
Posta a semente do cravo
começou a floração
do capitão ao soldado
do soldado ao capitão.
..................
Foi então que Abril abriu
as portas da claridade
e a nossa gente invadiu
a sua própria cidade.

Disse a primeira palavra
na madrugada serena
um poeta que cantava
o povo é quem mais ordena.
....................
Agora que já floriu
a esperança na nossa terra
as portas que Abril abriu
nunca mais ninguém as cerra.
Ary dos Santos

25 DE ABRIL SEMPRE, FASCISMO NUNCA MAIS

17 abril, 2010

A VERDADE SOBRE O PEC

Instrumento para agravar a política de direita

Perguntas e respostas sobre o PEC

Muito se tem falado, nas últimas semanas do PEC, ou, mais precisamente, do Programa de Estabilidade e Crescimento 2010-2013, apresentado pelo Governo. Mas para a maioria dos portugueses, o PEC não passará de uma sigla, pouco se sabendo dos seus reais objectivos e desastrosas consequências. O Avante! publica, nesta edição, sob a forma de perguntas e respostas, um contributo para o necessário esclarecimento dos trabalhadores e do povo, de cuja luta depende a derrota do PEC e de cada uma das suas medidas.

1. O que é o PEC?
O Programa de Estabilidade e Crescimento 2010-2013 é um documento que o Governo português está compelido a apresentar à Comissão Europeia e que decorre do Pacto de Estabilidade e Crescimento e dos critérios que este impõe para a União Económica e Monetária. O Governo propõe-se até ao final de 2013 reduzir o défice das Contas Públicas de 9,3 por cento do PIB, em 2009, para 2,8 por cento em 2013.

Para conseguir atingir este objectivo, o Governo quer reduzir o défice das contas públicas em cerca de 10 mil milhões de euros até 2013. Destes, mais de 50 por cento resultariam de cortes nas despesas com pessoal na Administração Pública, nas despesas com prestações sociais, nas despesas com o Serviço Nacional de Saúde, no aumento da carga fiscal sobre os trabalhadores e no congelamento e reduções das reformas e pensões.

O PEC é um instrumento que o grande capital nacional e estrangeiro está a utilizar para, no quadro da actual crise do capitalismo em que se confirmam as suas contradições e limites como sistema, impor novos sacrifícios aos trabalhadores e aos povos, agravar ainda mais a exploração e manter os lucros e acumulação capitalista.

O PEC não é uma inevitabilidade. É uma opção do Governo PS, com o apoio do PS, PSD e CDS-PP, pelos mais ricos e poderosos contra os trabalhadores, os reformados, a juventude, os agricultores, os pequenos empresários.


2. O PEC já é lei?
Não. Não é nem virá a ser lei. A única coisa que até ao momento foi votada na Assembleia da República foi uma resolução sobre o PEC que nem sequer é obrigatória e não tem qualquer valor jurídico. Todas e cada uma das medidas do PEC terão de ser discutidas e decididas uma a uma na Assembleia da República.

E tal como o PCP tem vindo a afirmar, aquilo que determinará a sua concretização será a capacidade de resistência e luta dos trabalhadores. O PEC não só não é lei, como poderá e deverá ser derrotado pela luta dos trabalhadores e do povo português.


3. É verdade que o PEC prevê que os portugueses paguem mais impostos?
Sim, é verdade. A esmagadora maioria das quatro milhões e seiscentas mil famílias que entregam o Imposto sobre Rendimento de Pessoas Singulares (IRS) iriam pagar mais impostos, porque pelo menos as deduções específicas por cada sujeito passivo ficariam congeladas nos próximos quatro anos, assim como as deduções à colecta de acordo com a dimensão do agregado familiar, as despesas de educação, saúde e habitação, iriam ser reduzidas.

No 1.º escalão de IRS, com a taxa de 10,5 por cento, haveria algumas famílias que após a apresentação da declaração anual de IRS no início do ano seguinte, em vez de verem devolvido parte do IRS pago mensalmente durante o ano anterior, teriam pela primeira vez que pagar mais imposto.

No 2º. escalão, com a taxa de 13 por cento, os agregados familiares passariam a pagar mais cerca de 140 euros do que hoje.

No 3.º escalão, taxa de 23,5 por cento, a subida de IRS seria de pelo menos 160 euros.

No 4.º escalão, taxa de 34 por cento, a subida nunca seria inferior a 400 euros.

No 5.º escalão de IRS, taxa de 36,5 por cento, a subida seria de pelo menos 500 euros.

No 6.º, 7.º e 8.º escalões a subida do imposto a pagar seria mesmo superior a 800 euros.


4. É verdade que o PEC prevê cortes nos salários e nas pensões?
Sim, é verdade. Prevê que cerca de 700 mil trabalhadores da Administração Pública tenham os seus salários nominais congelados em 2010 e em 2011, 2012 e 2013 – o que significaria um corte real do valor dos salários, que influenciaria também os salários no sector privado. Também os cerca de 3 milhões e meio de reformados e pensionistas sentiriam as suas pensões congeladas em termos nominais, o que significaria um corte real no seu valor. A diminuição do valor dos salários e pensões representaria um agravamento das injustiças fiscais e um factor de estrangulamento do mercado interno com efeitos negativos na economia.

5. É verdade que o PEC tem como objectivo baixar o valor das prestações sociais?
Sim, é verdade. O Governo estabelece no PEC limites quantitativos ao montante global das transferências a efectuar para a Segurança Social para pagamento de prestações sociais não contributivas – abono de família, acção social escolar, complemento solidário para idosos e rendimento solidário para idosos, entre outros – de tal forma que de 2010 até 2013 estas transferências baixariam de 7 673 milhões de euros para 6 900 milhões de euros.

Para que isto aconteça, menos portugueses receberiam aquelas prestações sociais.

Actualmente 1 milhão e 765 mil portugueses beneficiam de abono de família; 388 mil 416 portugueses beneficiam do Rendimento Social de Inserção (RSI) – o Governo estabelece no PEC que a verba a gastar com esta prestação social irá baixar de 507,8 milhões em 2009 para 370 milhões em 2013, menos 27 por cento – e 243 mil idosos recebem o Complemento Solidário para Idosos. Estas prestações, com o congelamento do Indexante, ficariam congeladas nos próximos anos.

6. É verdade que os trabalhadores a receber subsídio de desemprego poderão ser afectados?
Também é verdade. No final de 2009, dos cerca de 700 mil trabalhadores desempregados apenas 362 719 recebiam subsídio de desemprego. A verba aprovada no Orçamento do Estado para 2010 é insuficiente para fazer face a uma previsível subida do desemprego e à necessidade de todos os trabalhadores efectivamente desempregados terem acesso ao subsídio de desemprego.

Ora, através do PEC o Governo estabeleceu ainda tectos nominais para o subsídio social de desemprego nos próximos anos, o que implicaria que a percentagem de desempregados a receber subsídio de desemprego baixasse nestes anos. A medida prevista no PEC de obrigar os trabalhadores desempregados a aceitar ofertas de emprego, em condições ainda mais desfavoráveis do que as actuais, sob pena de perderem o acesso a este mesmo subsídio, é bem elucidativa da linha que se pretende seguir nos próximos anos: forçar os trabalhadores desempregados a aceitar qualquer oferta de emprego – independentemente do seu nível de remuneração, das suas qualificações, ou compatibilidade com a sua vida – utilizando-os como factor de redução do valor dos salários.

7. É verdade que o Serviço Nacional de Saúde vai ser afectado?
Sim, é igualmente verdade. O Governo pretende reduzir as despesas com o Serviço Nacional de Saúde em 715,3 milhões de euros até 2013, o que significaria um corte considerável nas despesas com saúde afectando fundamentalmente aqueles que dependem exclusivamente dos serviços públicos de saúde.

8. Qual é o contributo dos grandes grupos económicos e financeiros para o PEC?
Nenhum, já que o PEC, ao contrário do que faz com agravamento do IRS para as famílias, não apresenta nenhuma medida de agravamento do IRC sobre os lucros dos grandes grupos económicos e financeiros. Nada é dito sobre os milhões de euros dados em benefícios fiscais no off-shore da Madeira ou sobre a necessidade de avançar numa outra tributação do património, ou sobre o escândalo que são as taxas efectivas de IRC na banca inferiores a 15 por cento.

Mesmo a tributação das mais-valias avançadas no PEC, não só é uma medida proposta pelo PCP que o PS chumbou no último Orçamento de Estado, como não existe nenhum compromisso no tempo para a sua concretização. Os principais responsáveis pelo aprofundamento da crise, apesar dos lucros fabulosos que vêm acumulando, são uma vez mais poupados a qualquer sacrifício.

9. O que significam estas novas privatizações previstas no PEC?
A experiência do processo de privatizações iniciado em 1989, em que mais de 100 privatizações foram efectuadas, provou inequivocamente que não foi pelo facto de ter alienado as principais empresas públicas que o Estado reduziu a dívida pública, embora esse fosse – tal como é agora – um dos argumentos principais para as privatizações.

Em 1991, a dívida pública representava 57,8 por cento do PIB.

Dezoito anos depois, 100 privatizações depois e após o Estado ter encaixado cerca de 27,9 mil milhões de euros, a dívida pública atinge os 77,2 por cento do PIB. Mais ainda, só os lucros acumulados nos últimos seis anos pelos principais grupos económicos e financeiros criados a partir de empresas antes nacionalizadas (BES, BPI, Santander/Totta, BCP, Galp Energia, EDP, REN, PT, ZON, CIMPOR, SEMAPA e BRISA), somam 27 mil milhões de euros. Ou seja, O Estado não só perdeu algumas das principais alavancas da nossa economia, como as vendeu por tuta e meia aos grandes grupos económicos nacionais e estrangeiros.

Nos próximos quatro anos, o Governo pretende alienar, no todo ou em parte, mais de 17 empresas na posse do Estado e que, efectuado o seu saneamento financeiro, se apresentam apetecíveis para o grande capital. O Governo estima em 6 mil milhões de euros as receitas provenientes destas alienações, verba insuficiente para baixar o peso da dívida pública no PIB, já que de acordo com o PEC esta estava, em em 2009, nos 77,2 por cento do PIB devendo atingir, no final de 2013, os 89,8 por cento do PIB.Entretanto, à imagem do que aconteceu nos últimos 20 anos, milhões e milhões de euros de lucros e de impostos deixariam definitivamente de entrar nos cofres do Estado a partir do momento em que estas empresas fossem privatizadas. As privatizações são também um dos principais factores de perda de soberania nacional em sectores estratégicos da economia do País, como já acontece na energia, em parte do sector financeiro, nos cimentos, etc.

10. Em 2013 o País ficaria melhor depois de aplicadas estas medidas previstas no PEC?
Não, o País não ficaria melhor. As medidas previstas neste PEC são as mesmas que a política de direita tem imposto ao País, só que numa dose reforçada. No PEC apresentado pelo Governo PS não há nenhuma perspectiva de defesa da produção nacional, da nossa indústria, da nossa agricultura e pescas. A perspectiva de evolução do desemprego é a do seu agravamento. As previsões de crescimento económico são praticamente de estagnação e de divergência face à média da União Europeia.

Se estas medidas fossem por diante, no final de 2013 o nosso País estaria não apenas mais injusto e dependente, mas com menos instrumentos para dar resposta aos estrangulamentos económicos que existem.

O PEC é, na senda da política de direita, o caminho mais curto para o desastre económico e social.

11. Existe alternativa ao PEC?
Sim, claro. Existe alternativa ao PEC, tal como existe alternativa à política de direita.

Como o PCP tem defendido, o País precisa de uma ruptura, de uma mudança na vida nacional que concretize uma política patriótica e de esquerda, designadamente com:

- Aumento dos salários e pensões visando uma mais justa repartição da riqueza e a dinamização do mercado interno, designadamente com a elevação do Salário Mínimo Nacional para pelo menos 600 euros até 2013 e o aumento das pensões, designadamente 25 euros para aquelas que são mais baixas;

- Defesa da produção nacional alargando o investimento público, apoiando as PME’s, privilegiando o mercado interno, impondo a obrigatoriedade de incorporação da produção nacional nos grandes projectos, a taxação das importações e outros apoios às exportações. Avançando também com um programa de industrialização do País e com o objectivo de inverter a actual situação deficitária do sector agro-alimentar;

- Reforço do sector empresarial do Estado, pondo fim imediato ao processo de privatizações e das parcerias público-privadas, afirmando o interesse nacional em sectores estratégicos por via do controlo público de sectores como a banca, a energia, as telecomunicações e os transportes;

- Uma política fiscal que contribua para mais justiça social, a satisfação das necessidades do Estado e o equilíbrio das contas públicas. Obrigando a banca a pagar 25 por cento de taxa de IRC, acabando com o off-shore da Madeira, aplicando uma taxa extraordinária de IRC a empresas que tenham mais de 50 milhões de euros de lucros e impondo, ao contrário do Governo PS, a taxação agora das mais-valias realizadas na bolsa;

- Combate ao desemprego e apoio aos desempregados tendo como objectivo uma política de pleno emprego, combatendo os despedimentos com legislação dissuasora, combatendo a precariedade, alargando o emprego público e a prestação de serviços às populações. Apoiando quem está desempregado, com o alargamento do acesso ao subsídio de desemprego;

- Uma forte iniciativa política do Estado Português junto da União Europeia, visando a renegociação do calendário estabelecido de diminuição da dívida pública, a diminuição das contrapartidas nacionais para um valor máximo de 10 por cento na aplicação dos fundos comunitários, a suspensão de remessas do Estado português (ou devolução de parte do que enviamos) para o Orçamento Comunitário.
Avante!

13 abril, 2010

UNANIMIDADE


Como se pode divulgar na comunicação social a noticia da unanimidade de decisões quando nas reuniões não estão presentes todos os elementos necessários para o efeito?
Como se pode dar por certezas absolutas, meras propostas?
Mas que raio de palhaçada é esta?
O que se pretende com isto?
Porquê tanta urgência na privatização de um orgão de comunicação social regional como este?

12 abril, 2010

E O DOUTOR NÃO VÊ ISTO?

Por onde anda o Sr. Doutor que em tempos não muito remotos levantava bem alto a bandeira em defesa dos trabalhadores da autarquia maltratados, açoitados e torturados pelos comunistas?
Agora sim senhor doutor, agora que a "moçoila" ( e não vale a pena virem de lá os pretensos indignados, defensores dos bons costumes, porque o respeito só é exígivel quando se tem pelos outros, daí o manter-se aqui " a moçoila" sim senhor), vinda não se sabe muito bem de onde, de chibata em riste, brandindo-a a torto e a direito, numa de EU QUERO, EU POSSO e EU MANDO, e vocês - SÓ OBEDECEM, SEUS PORCOS, MALANDROS, PREGUIÇOSOS, IMPRESTÁVEIS - e de BICO CALADO, sob pena de voltarem à tortura, OUVIRAM BEM!
Não vai fazer nada Sr, Doutor?
Venha de lá a bandeira em defesa dos trabalhadores, e nada de desculpas de que ninguém sabe, porque todos sabem, aplaudem e acham muita piada á corajosa " moçoila" e às suas graçolas e distrações a humilhar PESSOAS.
Vá lá, e agora vamos lá chamá-los novamente um a um isoladamente para que alguém BUFE, quem veio cá para fora vomitar tudinho.