27 abril, 2010

PEQUENA HISTÓRIA DE UMA PROVOCAÇÃO

Esta história tem antecedentes.

Depois de ganhar a Câmara o PS anuncia triunfalmente que o 25 de Abril tinha finalmente chegado a Beja.

Esperavam-se por isso festejos à altura de tamanha declaração. Mas quem esteve em Beja neste fim-de-semana viu o que se passou...

O espectáculo com o António Zambujo acaba por ser integrado na data mas referências à efeméride, tímidas, só mesmo a do cantor... não era a ele que lhe competia.

A habitual intervenção da Banda e outras actividades tradicionais no sábado, alguém as viu?
O fogo de artificio ou, só que fossem alguns foguetes para lembrar Abril, que muita gente esperava no Parque da Cidade, alguém viu ou ouviu?

As comemorações não tinham naturalmente que ser idênticas às de sempre, com a mesma grandiosidade mas, porra...

Alguém viu na propaganda da Câmara a anunciar a iniciativa um cravo?...
Não reparei... os cravos foram ostensivamente censurados na propaganda da Câmara.
Como se recordam houve até uma Vereadora que mandou retirar os cartazes do 25 de Abril de Gabinetes de trabalho de alguns funcionários (e lembro isto por causa da distribuição de cravos que vou falar depois).

No domingo algumas das habituais actividades desportivas e culturais no Parque da Cidade, também sem referências a Abril... um número bastante significativo de insufláveis que as crianças tinham de pagar se a eles quisessem aceder... (porra, ao menos o acesso livre... (o Vereador Velez, esteve lá, podia pagar com o cartão de crédito!)...
podia ser qualquer outra Festa...

... a não ser o aparecimento de membros do PS e da JS a distribuir cravos, com uma mensagem partidária.

Militantes do PS que se deslocavam em viaturas devidamente identificadas partidariamente, nuns casos e noutros nos carros oficiais de serviço, Câmara e Hospital. Estariam em serviço institucional, das instituições citadas ou em actividade partidária?

Sim porque os cravos tinham mensagem partidária e não de outra qualquer entidade. (Não tive conhecimento por terceiros, eu estava lá quando isto aconteceu...)

Essa distribuição estendeu-se ostensivamente a outros locais onde era assinalada a comemoração do 25 de Abril...

Como os cucos, para quem não sabe, põem os ovos nos ninhos alheios... partidarizam ostensiva e de forma subtil mas provocatória iniciativas que sempre assumiram um cariz apartidário.

Não se limitam a distribuir no espaço público.
Procuram entrar e nalguns casos fazem-no, nos espaços fechados e distribuem a propaganda partidária (ainda que 'embrulhada' em cravos é disso que se trata).

No caso do Penedo Gordo tentam procuram aceder ao interior do edifício onde decorriam as comemorações e o Presidente da Junta e um membro da Casa do Povo, duas das entidades envolvidas na organização, de forma perfeitamente cordata chamam a atenção que distribuição de material partidário só fora do edifício. A observação foi aceite pacificamente e a distribuição foi feita, naturalmente, pelas ruas.

Porra, só faltava entrarem, pedirem para parar a música e fazer discurso...!
... e nós deixarmos!

Percebe-se a atitude na Assembleia Municipal, e hoje na Rádio Pax, porque a provocação estava montada com este objectivo.
Lamentável e condenável que quem fez o mal venha agora vitimizar-se...

Acho que a atitude do Lemos no Penedo foi correcta... Porque hoje e talvez nos próximos dias este episódio vai ser explorado até à exaustão, se algumas destas notas contribuírem para algum esclarecimento estejam à vontade para as utilizar TODAS!
... e vamos ver quem paga as centenas de cravos distribuídas em nome do PS!
Recebido por mail e foi com imenso prazer que fiz a divulgação porque certamente esclarecerá algumas dúvidas.

1 comentário:

Anónimo disse...

não sei quem enviou tal email, mas sei que recebi um cravo e não achei que contivesse nenhuma mensagem politica.

não me parece que as freguesias (ou aldeias dessas freguesias) onde a cdu tenha vencido no passado 11 de Outubro, sejam "vossas" e de mais ninguém.

também não vi os cravos como uma campanha partidária, mais como uma iniciativa simbólica para comemorar o dia e pelo que se pôde ler, já no ano passado tinham realizado tal iniciativa.