Aqui cantaste nua.
Aqui bebeste a planicie, a lua,
e ao vento deste os olhos a beber.
Aqui abandonaste as mãos
a tudo o que não chega a acontecer.
Aqui vieram bailar as estações
e com elas tu bailaste.
Aqui mordeste os seios por abrir,
fechaste o corpo à sede das searas
e no lume de ti própria te queimaste
Eugénio de Andrade
2 comentários:
Aqui neste mar plano salteado de azinheiras onde o sol cala os corpos mas não as vozes dos Homens.
Aqui é onde encontro o teu sorriso de menina, moça, mulher, amiga, companheira das pequenas e das grandes lutas de outrora e deste agora, presente, movimento continuo de poesia.
Aqui te deixo aquele abraço e um beijo grande de carinho.
Boga, depois de mais uma jornada, impôs-se outra caminhada, desta vez pelos campos que trouxe para aqui e enquanto caminhava vinham á memória uma série de lembranças dos tempos em que os mesmos campos tinham outras cores, em que deles brotava a produção que alimentava muitas, mas muitas familias e que agora vejo completamente abandonado novamente. Contudo não quis deixar tristes os visitantes do rebêra, então optei pelo poema do Eugénio dedicado a Florbela Espanca, achei que ambos (foto e poema9, ligavam.
Rebêradas grandes.
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