28 julho, 2009

D. DEMAGOGÓS I




Era uma vez...
Num reino distante, acima da foz do Odiana, onde ainda se sentia o efeito das marés, que chega um dia D. Demagogós I, descendente directo dos australópitecos, que de cacete na mão tomou por seu aquele território a que deu o nome de Reino da Demagogia .
Mandou este, que o povo construisse castelos de areia para o abrigar e o povo construiu, D. Demagogós era venerado por quase todos porque a todos prometia tudo, ele era caminhos, era termas, estâncias de férias, e um dia, inspirado na passarola voadora do Padre Bartolomeu de Gusmão, lembrou-se que podia criar algo diferente para o seu povo, foi então que se lembrou que podia prometer uma caravela, uma grande caravela com 80 metros fora a fora, mas achava pouco, muito pouco, o seu povo merecia mais, então pensou, pensou, pensou...(sim porque um rei tem que pensar muito) e eis que uma lâmpada se lhe acendeu na moleirinha.
Era isso...
Uma ponte flutuante para atravessar o rio, assim, mandou que se reunissem as cortes e chamou para junto de si um pequeno principe, pequeno, mesmo muito pequenino, era tão pequenino que só podia ser o seu braço esquerdo, vai daí e ordenou em carta régia que se construísse a dita ponte, ordenou a todos, todos sem excepção que fossem cortar buinho e madeira junto ao rio, tratando ele próprio de encomendar o arame de fardo, material que tinha que ser importado e para viajar estava lá ele.
Feitos os mais diversos e profundos estudos sobre a flutuabilidade da ponte e a navegabilidade de Odiana.
Foram anos de trabalho árduo mas o dia chegou, e com pompa e circunstância, ao toque de requintas e da Banda da Marinha a ponte se fez ao rio, puxa cabos, lev’arriba e o povo puxou..... puxou.... até que a ponte chegasse à outra margem, faltava apenas amarrar os cabos que haviam de suportar tamanha obra de arte, eis que chega uma floxinha, pousou bem no meio da ponte e o inesperado acontece, a ponte submergiu.
Vendo-se em tamanha aflição e com o povo no seu rasto eis que Demagogós corre para a caravela de 80 metros fora a fora e ordena aos 60 remadores que zarpem águas bravas de Odiana acima, e zás que ele aí vai. Passa o Pulo do lobo que nem um tiro, galga a barragem de Oãgordep que nem um foguete e seguidamente de unhas afiadas que nem um gato, arriba barragem Aveuqla acima, é então que se deslumbra com a paisagem e daquela cota elevada avista a torre de um castelo.
Mete-se ao caminho com 60 remadores de remo em punho a fim de o tomar como seu, porém o povo de Ajeb que já o esperava, usando a tática do U deixou que entrasse à vontade, formando posteriormente um quadrado, ficando D. Demagogós I e os seus remadores no meio, levando tantas, tantas, tantas...que nem o seu amigo o curandêro mor, o salvou.
Mas deus não dorme e D. Demagogós nem prega olho, foi então que achou que não havia perdido a batalha em vão, todo rasgado, cheio de nódoas negras e os dois olhos à belenenses, arrasta-se estrada fora em direcção ao reino dos reinos com vista a apanhar um lugar ao Sol no Cais das Colunas. Também aqui, a meteorologia não lhe foi favorável e D. Demagogós, tornou-se mais um sem abrigo do reino de Aobsil.
Bendito e louvado!........ o conto está contado.
2 Notas: Este conto nada tem que ver com pessoas factos ou realidades, é mera obra de ficção, quanto às fotos, essas são um trabalho de autor que o blog está autorizado pelo mesmo, a exibir.
Autor: Mário Martins da Costa Silva Ferreira (Boga)

1 comentário:

Anónimo disse...

lololololololol, está altamente, gosto de gente com humor.